BRIGA DE GALO ELEITORAL
Coliseu escuro e rixoso
Ao que em tanto se brigam pela nefasta veste de suas hipocrisias
Oh, quanta contenda entr’eles!
Uma verdadeira rinha
Candidatos a ambicionarem o tão cobiçado Poder
A que se digladiam numa ignóbil queda de braço
E quão desprezíveis os são!
Pura baixaria!
Quem dera se reluzisse aos olhos dos que os assistem
... ao que s’enlevassem por alguma verdade a que, pois se valesse!
Contudo, não se vê absolutamente nenhuma
Tenho até vergonha deles
E, por não terem nada de nobre a que deles sejam
Eis qu'é então cada um:
Ao que só lhes resta mesmo apontar as sujeiras d’outro
(como se não fossem também de si próprios!)
E deste modo fica o pobre e indeciso eleitor:
A contabilizar a podre matemática do balanço de ambos
Quem for o “menos pior”, então... ganhará o seu voto
Ou do contrário, não escolherá... a nenhum
Que encruzilhada quando numa bifurcação
... não ‘encontra alguma placa a apontar a direção!
Ou qu’é pior:
Quando ambas apontam para o mesmo caminho
... embora com direções opostas
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16 de outubro de 2018