O que devo fazer para obter a vida eterna?

A busca pelo sentido e pelo significado da própria existência e da felicidade a ela inerente é um caminho que pode se vislumbrar por diferentes possibilidades. Essa incerteza e caducidade do existir me acarreta inquietude e, ao mesmo tempo, movimento. A vida é esse desaguar numa estrada que se define como peregrina. Como encontrar uma razão para o que se é e o que se faz? Onde está a sua legitimidade? Caminhamos errantes e aventureiros ou existe uma condução inteligível da vida?

Se viver é o maior dom, o que seria viver com sabedoria? Qual o critério das escolhas e decisões que faço? Como reconhecer o essencial e o fundamental ao longo das experiências? Como não confundir os desejos de realização pessoal com o bem comum e universal? Até que ponto os interesses e conveniências não definem a direção da nossa perambulação? Por que tendemos à satisfação e realização dos próprios interesses? O que realmente é capaz de mover e influenciar nas opções?

Onde está o tesouro aí está o coração. Essa lapidária sentença expressa o que realmente arrasta o coração e a mente da pessoa. O tesouro. O que oferece verdadeiro significado a tudo que se é e se faz. Qual o meu tesouro? A essa realidade dedico meu tempo, minhas energias e consagro meu tempo. Como chegar ao Reino que se traduz em vida eterna? A liberdade é o critério maior para se chegar ao Reino. E como? Desapego total. Isso quer dizer o que? Autonomia, autodeterminação e soberania. À vida eterna se chega pela disponibilidade de si para ser o que se quer ser.