Vovózinha, esse é sobre você!
As luzes do transito, vermelhas, amarelas, brancas e azuis me lembraram a serenidade que os pisca-piscas de natal me traziam.
Lembrei que dezembro se aproximava, junto com ele toda a minha felicidade, as férias, as festa, e rever a família.
Mas dessa vez foi diferente, além da ansia de matar a saudade, além da esperança, além da felicidade, além de todo sentimento bom que a época natalina me tráz, eu senti dor.
Uma dor forte no peito.
Aquela dor por saber que quando eu voltar na cidade onde revejo os familiares, não te verei lá no meio deles.
Aquela dor por saber que ao passar frente a sua casa, casa onde comemorávamos várias datas, a senhora não estará mais lá, a casa vai estar vazia, abandonada, isolada.
Por um instante me coração se sente assim.
Porque não terei teu abraço de "bem vinda de novo minha neta".
Não terei seu sorriso mais doce ao nos ver chegando no aero porto.
Não terei as coisas gostozas que você fazia pra gente comer.
Não terei como matar a saudade, porque agora não é só a divisão dos estados que nos separa, é a divisão de mundos.
Não é só a distancia de quilometros que nos separa, é a divisão de vida passageira e vida eterna.
A distancia está bem maior esse ano, e a suadade também vovó.
Meu coração chora por saber que meu aniversário está próximo e não receberei a sua ligação.
As vezes me pego chorando escondida, é isso que a saudade faz...
Sei que eu deveria entender que a senhora está em um lugar muito melhor, onde sempre mereceu estar, mas minha ignorancia humana faz com que eu me sinta triste por não mais te ver nessa vida, mas a minha fé me faz crer que nos veremos em outra, muito mais feliz e abençoada, vida eterna.
Enquanto isso, saudades...
Saudades não eternas, pois sei que te verei na vida eterna.