Adélia Luzia Prado de Freitas nasceu em Divinópolis, Minas Gerais em 13 de dezembro de 1935 e é mais conhecida como Adelia Prado.
É uma poetisa, professora e filósofa contista ligada ao Modernismo.
Sua obra retrata o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico, uma das características de seu estilo único.
Em 1976 enviou o manuscrito de "Bagagem" para Affonso Romano de SantA'na que assinanava uma coluna de crítica literária no "Jornal do Brasil". Admirado, acabou por repassar os manuscritos a Carlos Drummond de Andrade, que incentivou a publicação do livro pela Editora Imago em artigo do mesmo periódico.
Professora por formação ela exerceu o magistério durante 24 anos, até que a carreira de escritora tornou-se a atividade central.
Em termos de literatura brasileira, o surgimento da escritora representou a revalorização do feminino nas letras e da mulher como ser pensante, tendo-se em conta que Adélia incorpora os papéis de intelectual e de mãe, esposa e dona-de-casa.
Em 1975, Drummond sugere a Pedro Paulo de Sena Madureira, da Editora Imago, que publique o livro de Adélia, cujos poemas lhe pareciam "fenomenais". O poeta envia os originais ao editor daquele que viria a ser "Bagagem".
No dia 9 de outubro, Drummond publica uma crônica no "Jornal do Brasil" chamando a atenção para o trabalho ainda inédito da escritora. O livro é lançado no Rio em 1976 com a presença de Antônio Houaiss, Raquel Jardim, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Juscelino Kubitschek, Affonso Romano de Sant'Anna, Nélida Pinõn e Alphonsus de Guimarães Filho, entre outros.
O ano de 1978 marca o lançamento de "O coração disparado", que é agraciado com o "Prêmio Jabuti", da Câmara Brasileira do Livro
Em 1980, dirige o grupo teatral amador "Cara e Coragem" na montagem de "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna.
No ano seguinte, ainda sob sua direção, o grupo encenaria "A Invasão", de Dias Gomes.
Lucy Ann Carter apresentou no "Departament of Comparative Literature, da Princeton University", o primeiro de uma série de estudos universitários sobre a obra de Adélia Prado.
Adélia costuma dizer que o cotidiano é a própria condição da literatura e morando na pequena Divinópolis, estão em sua prosa e em sua poesia temas recorrentes da vida de província, a moça que arruma a cozinha, a missa, um certo cheiro do mato, vizinhos, a gente de lá.
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