Olhar para o outro
Precisamos aprender a olhar para o outro.
Precisamos olhar para o outro que pede dinheiro ou nos oferece algo em um sinal ou semáforo.
Olhar para ele e enxergar o ser humano que ali está, mas sem ideias pré-concebidas, sem medo, sem asco.
Olhar e buscar ver o que o levou até ali, buscar enxergar a dor que ele carrega, enxergar toda a sua miséria e sua exclusão. Podemos até avaliar, em nossa santa ignorância, se ele é bom ou ruim, mas temos que buscar pensar como ele. Precisamos nos imaginar em sua situação e o que faríamos em seu lugar.
Precisamos olhar para nossos pais e buscar perceber todos os sacrifícios que eles fazem e já fizeram por nós. Precisamos buscar entender seus momentos de silencio e suas palavras. Precisamos tentar alcançar que sempre nos ajuda, com seu trabalho, com seu dinheiro ou suas palavras.
Urge que se faça isto rápido, pois o tempo passa e eles se vão.
Precisamos observar todos os que estão ao nosso lado, no ônibus, no trem, nos automóveis, e tentar sentir o que eles sentem e tentar compreender o porquê dos sorrisos ou lágrimas, do nervoso ou da tranquilidade. Precisamos aprender a expandir tudo o que há de bom dentro de nós para todos, como se fosse uma luz. Precisamos ser simpáticos, empáticos, compreensivos.
Só assim começaremos a criar coragem para alcançar o outro. Só assim o outro deixará de ser um estranho para nos. Só assim venceremos as barreiras de nosso mundinho fechado.
Precisamos observar a todos que conosco cruzem, em qualquer situação da vida, através de qualquer meio de comunicação, e deixar de julga-lo, mas sim buscar entende-lo.
Isto é fácil? Eu diria que não. Porém é necessário, pois só assim compreenderemos a humanidade que existe em todos nós, perceberemos que não existem partidos políticos, times de futebol, cor ou raças, que nos diferenciem e devam nos afastar através de ódios e preconceitos.
Qual a sua raça eu pergunto?
Sua raça é a humana eu mesmo lhe respondo.
Então vamos trabalhar com a melhor caraterística desta raça.
Vamos amar.