DESERTO AFORA...

E se precisa de um oásis

No deserto, sem miragens,

Em que se transita, atônito,

Se sentindo násea e vômito...

O sol causticante trucida,

Deixa a roupa umedecida

Do suor tal que se sua,

Na caminhada, em penúria...

Um oásis no deserto

Tem água, sim, ao certo,

E uma sombra refrescante

Ao viageiro andante...

E se senta na sombra

Do oásis, em conta,

E se bebe da água

Que por ali deságua...

E se tira o suor quente

Que na pele é repelente,

Se molham os calos dos pés

Feitos pela areia ardente, né...

E, depois de refeito,

Se retorna, sem jeito,

Para a caminhada

À se fazer, deserto afora...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 10/10/2018
Reeditado em 10/10/2018
Código do texto: T6472458
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