DESERTO AFORA...
E se precisa de um oásis
No deserto, sem miragens,
Em que se transita, atônito,
Se sentindo násea e vômito...
O sol causticante trucida,
Deixa a roupa umedecida
Do suor tal que se sua,
Na caminhada, em penúria...
Um oásis no deserto
Tem água, sim, ao certo,
E uma sombra refrescante
Ao viageiro andante...
E se senta na sombra
Do oásis, em conta,
E se bebe da água
Que por ali deságua...
E se tira o suor quente
Que na pele é repelente,
Se molham os calos dos pés
Feitos pela areia ardente, né...
E, depois de refeito,
Se retorna, sem jeito,
Para a caminhada
À se fazer, deserto afora...