Turbilhão de sensações
Mãos geladas, garganta seca, sentimento de impotência, paralisação…
Eu não tenho uma concepção predefinida sobre ele e nem sei se eu deveria ter.
Não sei e nem quero expor aqui as vantagens e as desvantagens comprovadas cientificamente de tê-lo e muito menos dar fórmulas mágicas e prontas de como superá-lo ou não senti-lo, até porque eu não sei como fazer isso.
O que eu sei muito bem é que ele nos limita, nos impede de voar, de viver novas experiências.
Talvez essas coisas já fossem motivos suficientes para tirá-lo da nossa vida, mas será que temos esse poder?
Alguns acham que ele reflete fraqueza, outros o consideram como uma forma de autopreservação, de sobrevivência, já que o sentimos diante de uma ameaça real. E quando a ameaça não existe? A gente inventa mesmo e então ela passa a ser real. Em nosso mundo particular, ela cria forma, uma forma feia, abstrata e difícil de definir e ao mesmo tempo torna-se tão relevante porque perturba e como perturba. Então a gente já não sabe mais discernir o real do imaginário.
Na verdade, eu nem sei por quê, mas não queria senti-lo, porém às vezes não consigo o que eu quero, na maioria das vezes eu nem sei o que eu quero.
Talvez eu não o perca, porque não saiba viver sem ele ou porque o fato de pensar em viver sem ele já o provoque.