Discurso de ódio e outras tolices mais

Passei todo meu tempo de escola, do primário até a faculdade, sob regime militar.

Havia por parte dos militares uma preocupação de incentivar o patriotismo mas não me lembro de nenhum momento em que algum professor tenha tentado nos doutrinar.

Portanto, a minha geração foi de cidadãos conscientes que não enxergavam e não enxergam o mundo através de uma lente ideológica, como é muito comum atualmente.

Não é difícil encontrar indivíduos que se dizem “esclarecidos”, cujas afirmações sobre a realidade claramente não passam de suposições. Ou seja, eles parecem viver numa dimensão paralela e vêem nosso mundo através da lente a que me referi e sua visão parece com a das moscas, cheia de pequenas imagens que não compõem um quadro nítido.

Esse seres, têm como única forma de mostrar seu saber do mundo a repetição de palavras e expressões como fascista, reacionário, homofóbico, misógino e discurso de ódio, como se isso fosse a suprema demonstração de sabedoria.

A frase “eu odeio a classe média” dita por uma “intelectual” típica representante dessa mesma classe média, porque vive com todos os confortos de um bom salário e segurança que um emprego público pode proporcionar, se tornou um dos símbolos de manifestação de inteligência.

Já expus aqui no Recanto o que penso a respeito dos governos militares. Não acho que eles tenham sido grande coisa em termos de efetividade na condução da economia, mas ser referido indiretamente como “doutrinado pelo regime militar” por um alienado por não fazer parte dos que acham que a destruição da Sociedade faz parte de um projeto humanitário, chega a ser ofensivo.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 03/10/2018
Reeditado em 10/10/2018
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