...E o dia começa  e sabe aquela topada no dedão do pé, na beirada  da cama, que coisa mais chata! Daí, saímos nós, logo a resmungar e achincalhar a madeira, o piso, o gato , o tapete , o universo e tudo mais.

Nosso cotidiano é recheado de acontecimentos que nos põem à prova o tempo todo, é um sinal de trânsito que não funciona; um ônibus que quebra, um esbarrão mais forte; e lá se vai nossa paciência logo pela manhã, isto para aqueles mais exaltados, os demais que ainda dominam suas características naturais aliando a um bom relacionamento sócio-ambiental, tentam domar as manisfestações de desconforto, com bom humor, na base do tudo tem causa e efeito, e portanto nada de turbinar um acontecimento pequeno e insignificante em um temporal, e vão assim com um "jeitinho" mais suave driblando as intempéries do dia a dia, apesar daquele  chefe  mal humorado que reclama e diz que o que foi solicitado não está bem feito e age com rispidez; no restaurante a comida que vem , percebe-se mal feita, e ao reclamar ainda somos alvos de revide por parte dos fornecedores do serviço, tem o filho que apronta na escola e a direção te chama às barbas, pra tomar ciência e ainda opinar sobre sua atuação em casa, o vizinho, que sem muita conscIência ecológica e civilidade, deixa o lixo ao léu e este vem parar na sua porta e por aí seguem exemplos diversos de como ao longo do período temos nossa paicência testada ao extremo, claro, tem casos piores e mais urgentes, que demandam uma ação rapida e geralmente são causadores de stress de nivel alto, como as hospitalizações de familiares, incidentes com gravidade e discussões acaloradas que tendem ao extremismo.

   Estamos vivenciando um tempo de muitas confusões, irritações e indignações e um acontecimento, por menor que seja é o rastilho de pólvora para deflagrar uma guerra. Nesta fase eleitoral vemos muito disso, e não precisa acessar a net não, em casa, no trabalho, na academia, na escola, há uma exaltação do humor e muitos, seres, radicais e intransigentes acabam por fulminar o assunto com grosseria e má educação. Convivo com pessoas de vários segmentos políticos e vejo bem este quadro, e, em casa e na rua, no transporte público, percebe-se que os ânimos estão muito exaltados, e isto gera um desgaste ao longo do dia e neste turbilhão de cobranças muitos indivíduos perdem as estribeiras, e cá entre nós, a indiferença não é salutar não ,ser indifirente é ser apático a tudo e a todos, ou a questão que lhe incomoda, e isto acaba deixando o ser num estado mais acomodado, pois fica à margem, não se envolve e não se posiciona, mas a exteriorização desmedida de pensamentos e ações descabidas, são altamente infrutíferas e muito extenuantes.

   Atuar e defender suas ideias é uma premissa, sem claro, ser radical. Os contratempos existirão mesmo depois do pleito de domingo, e depois deste dia, cabe  a nós seguirmos, atuando e defendo o que pautamos como certo e justo, e claro pouquíssimos tem a brandura e a paz interior encontrada pela Monja Coen e Leandro Karnnal, mas com um pouquinho de jeito e paciência, ainda dá para seguir nas contradições e tempestades, usando o nosso lado Zen como escudo.

 
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 03/10/2018
Reeditado em 11/11/2018
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