MEANDRO: “Sinuosidade de um caminho”.
Alguém disse marcando, sabe-se lá quando, e em que contexto, que somos um “povo feliz” !
Creio que essa tatuagem estigmatizou, mas vem sangrando ao longo do tempo... Mas, mesmo com a ferida inflamada, o povo tudo faz para corresponder a essa marca.
Pode-se, também, refletir que o povo é sinuoso, sempre empenhando-se num desafio valente e inconsequente ante as curvas, muitas tortuosas, querendo exibir-se capaz e virtuoso !
Diz-se, também, à tradução da palavra Meandro: “Rodeio” “Intriga”.
Percebe-se, também, essas características. Um povo que faz rodeios com intrigas, que julga ouvindo futricas, que não aprofunda-se nas avaliações.
Porém, os mais auscultosos e atentos as expressões espontâneas musicais, da legítima e inspirante música brasileira, incluíndo o samba oficializado como de raiz, desde a base até o topo da pirâmide cultural, um extravasar de almas com sintonias gêmeas com a tristeza, com os fracassos em todos os níveis, inclusive amorosos, onde percebe-se no indivíduo uma busca incessante à volátil felicidade, desafiando-se, até mesmo espatifando-se desequilibradamente numa busca incessante, ao alcance de um sentimento pleno. Querer ser feliz em plenitudade, torna um povo alienado, que segue utopias, que crê em quimeras...
Pasticularmente, não posso trair a mim mesma.
Penso que a canditadura Bolsonaro-Mourão, que parte da população identifica-se, no encurtamento da estrada num desafio sinuoso, conquistando um final de tragetória num arroubo, mostrando força, apenas, pela valentia e ousadia, inclusive na subserviência ante às armas, subjugando pelo medo, fazendo calar egos livres, denota uma sofreguidão anestesiada de parte da população.
Donde, infelizmente, conclui-se num questionamento, que o povo brasileiro é sinuoso. Como diz o dicionário: Recurvado em diversos sentidos; Ondulante; Tortuoso. Que não tem franqueza, que expressa sentimentos por meios indiretos.
Há falta de personalidade no povo brasileiro na sua generalidade...