Vestígio
Eu digo isso para todo mundo: não alimente as expectativas para
o indesejável. A imprevisibilidade é uma característica peculiar do ser
humano. Muitas vezes, a culpa pelo aborrecimento construído está
dentro de nós mesmos. O que mais me impressiona é a capacidade que
a espécie humana tem de expressar a indiferença e o esquecimento
para com o seu semelhante.
Novamente, eu digo, também para todo mundo: você morre e não vai
ver de tudo nesta vida. Pessoas entram, pessoas saem. O sol se põe e
a lua aparece. Às vezes eu me pergunto se eu daria conta de
administrar todas as pessoas que já passaram pela minha vida se todas
fizessem parte dela hoje, no presente. É como o ditado popular prega:
águas passadas não movimentam moinho.
Eu era uma criança, estava na casa da minha finada avó. Eu lembro
que estava com uma dor de cabeça muito forte. Tive de interromper o
jogo na rua com a garotada. Não tenho certeza, mas parece que um
dos meus colegas ficou preocupado. Lógico, não foi exatamente como
eu disse, afinal é difícil lembrar com claridade e riqueza de detalhes de
um episódio de quase vinte anos. No entanto, com certeza, esta é uma
das cenas mais recordadas por mim quando o assunto é memória.
Não te conheço mais. Você se tornou em estranho para mim. Você está
no meu passado. Você faz parte da minha história, da minha trajetória.
Os nossos caminhos tomaram rumos distintos. Os nossos presentes
são universos totalmente opostos. Eu sei que houve uma contribuição
recíproca. Nada mais é motivo de surpresa ou espanto. Não existe
nenhum vestígio ou indício do elo que houvera, entretanto, eu sinto
que você ecoa em algum lugar, longínquo e inacessível, da minha
consciência.
Eu digo isso para todo mundo: não alimente as expectativas para
o indesejável. A imprevisibilidade é uma característica peculiar do ser
humano. Muitas vezes, a culpa pelo aborrecimento construído está
dentro de nós mesmos. O que mais me impressiona é a capacidade que
a espécie humana tem de expressar a indiferença e o esquecimento
para com o seu semelhante.
Novamente, eu digo, também para todo mundo: você morre e não vai
ver de tudo nesta vida. Pessoas entram, pessoas saem. O sol se põe e
a lua aparece. Às vezes eu me pergunto se eu daria conta de
administrar todas as pessoas que já passaram pela minha vida se todas
fizessem parte dela hoje, no presente. É como o ditado popular prega:
águas passadas não movimentam moinho.
Eu era uma criança, estava na casa da minha finada avó. Eu lembro
que estava com uma dor de cabeça muito forte. Tive de interromper o
jogo na rua com a garotada. Não tenho certeza, mas parece que um
dos meus colegas ficou preocupado. Lógico, não foi exatamente como
eu disse, afinal é difícil lembrar com claridade e riqueza de detalhes de
um episódio de quase vinte anos. No entanto, com certeza, esta é uma
das cenas mais recordadas por mim quando o assunto é memória.
Não te conheço mais. Você se tornou em estranho para mim. Você está
no meu passado. Você faz parte da minha história, da minha trajetória.
Os nossos caminhos tomaram rumos distintos. Os nossos presentes
são universos totalmente opostos. Eu sei que houve uma contribuição
recíproca. Nada mais é motivo de surpresa ou espanto. Não existe
nenhum vestígio ou indício do elo que houvera, entretanto, eu sinto
que você ecoa em algum lugar, longínquo e inacessível, da minha
consciência.