JUSTIÇA SIM, TRAGÉDIA NÃO
Justiça míope
Do embaçado entendimento de quem se diz querer julgar
(ou, quem sabe, n'avidez de ao outro... condenar)
A qu'engole os boatos dos mil promotores do século
(e como os são cruéis!)
Ah, será de fato justo juiz?
E na pressa em se bater o devido martelo
Na implacável sentença a que se antecipa à defesa de quem se é julgado
Não faz real justiça
Oh, de form'alguma
O que faz foi tão somente uma tragédia na vida do réu
Que, sabe-se lá, nem direito de defesa teve
E assim, sem vacilar, entregou-o ao feroz carrasco do mundo
Que, com prazer, o acolhe atrás de suas duras grades
COROLÁRIO:
1ª Suposição:
Faça justiça
Mas que seja de fato justa
Não faça... uma tragédia... na "justiça" que se fará
2ª Suposição:
No amor-próprio a que ferido fora
Quantos não resistem à tentação
E destarte revidam a ofensa!
Todavia, seria justiça... ou seria tão somente vingança?
Não! nenhuma vingança... é "justa" ou justificável