JUSTIÇA SIM, TRAGÉDIA NÃO

Justiça míope

Do embaçado entendimento de quem se diz querer julgar

(ou, quem sabe, n'avidez de ao outro... condenar)

A qu'engole os boatos dos mil promotores do século

(e como os são cruéis!)

Ah, será de fato justo juiz?

E na pressa em se bater o devido martelo

Na implacável sentença a que se antecipa à defesa de quem se é julgado

Não faz real justiça

Oh, de form'alguma

O que faz foi tão somente uma tragédia na vida do réu

Que, sabe-se lá, nem direito de defesa teve

E assim, sem vacilar, entregou-o ao feroz carrasco do mundo

Que, com prazer, o acolhe atrás de suas duras grades

COROLÁRIO:

1ª Suposição:

Faça justiça

Mas que seja de fato justa

Não faça... uma tragédia... na "justiça" que se fará

2ª Suposição:

No amor-próprio a que ferido fora

Quantos não resistem à tentação

E destarte revidam a ofensa!

Todavia, seria justiça... ou seria tão somente vingança?

Não! nenhuma vingança... é "justa" ou justificável

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 21/09/2018
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