AMOR ILEGAL

Ah, como falham as palavras no que dizem respeito ao amor!

E como elas à alma pesam e esmagam!

Amor

No demente e humano tempo que s'insiste em prolongar

Pode-se dizer... um ato de ilegalidade

Do tempo que nele peregrina... o pensamento

O qual desconhece amar... de verdade

Ah, se o amor fosse, aqui nest'exílio, o que de fato deveria ser!

Do pensamento que se hiberna no nefasto torpor de seu sono

(e em tal grau se recusa a despertar)

Mas, verdade é que só os corajosos amam

Visto que amar é aqui decerto... desafiar a moral... e as leis

Do amor que é anárquico em su'essência

Ó Cristo vivo

Tão incompreendido no prazo deste mundo!

Ah, que ninguém me tenha como um anti-semita

(de form'alguma)

Todavia, serias tu o maior dos fariseus

Ou, o mais aclamado de todos os judeus

Caso "amasse" como eles

Pelo que amaram tão somente suas ridículas leis

(em nome de Deus, a que eles tanto se afirmavam)

E desprezaram em tal grau o Homem

(criado este à imagem e semelhança do próprio Deus)

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 18/09/2018
Reeditado em 18/09/2018
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