Algo (muito pouco) sobre o seu amor que me curou
Sempre acreditei ser uma pessoa difícil de lidar. As pessoas se afastavam, e com o tempo eu mesmo comecei a fazer esse trabalho, como que acreditando estar poupando a pessoa do martírio, ou apenas fugindo de uma intimidade que nunca tive.
Acreditei nisso por muito tempo, esqueci como era conviver, como era flertar, como era simplesmente abrir à possibilidade de uma relação que fosse além das mensagens e respostas àquilo que o outro conta, sempre.
No fundo eu sofria por isso, e não admitia. Nunca o faria, teimoso orgulhoso...
Mas hoje penso que talvez tenha sido bom.
Não que a solidão seja boa, não que afastar as pessoas seja algo correto de se fazer, mas...
Isso me tornou no que sou hoje, no exato humano que pôde te ver atravessar minhas defesas como se nada fossem.
Chamo-te de princesa, mas naquele momento você era uma mistura de guerreira, super-heroína, maga do mais alto nível, tudo ao mesmo tempo, e eu não tive chance.
Lendo algumas mensagens antigas, sempre me impressiono como foi rápido. Eu nunca me senti pressionado com você. Nunca me senti desagradável. Nunca senti incômodo. E eu não estava acostumado.
Por isso já te disse algumas vezes, você me ensinou a amar. Não te amar, afinal nosso amor era inevitável, como fugitivos da vida que buscam a liberdade um no outro.
Não, você me ensinou a amar. Ensinou-me o que é amar em toda sua essência e brilho, algo muito maior que qualquer necessidade carnal ou paixão.
Amor, esse sentimento que tantos tentaram descrever sem sucesso, e eu não me atreveria a tentar.
Conectados, y tu eres la energía que me carga.