Às vezes me pego a refletir sobre mim e as coisas que presencio, acho que eu nasci na época errada ou eu não sou desse planeta. Sou um cara barbado chego a chorar vendo tantas injustiças, tantos descasos e tanta gente desumana e egoísta que pensa no seu próprio umbigo achando que sua vida é resumida apenas a essa terrena. Há momentos que me sinto em quatro seres: um quarto criança, um quarto cachorro, um quarto mulher e o restante homem. Há ocasiões que tenho vontade de bater em pessoas, mas logo penso, se eu quebro cinco telhas uma em cima da outra com um soco imagina no rosto de alguém como ficará? Não fui educado para o terror.
 
Sou uma arma branca ambulante, porém prudente! Lembro-me das palavras de meu mestre de artes marciais quando nos dizia: “Devemos ser humildes e usar nossos punhos apenas para a retidão e defesa da nossa vida”. Sou poeta da justiça social, do amor e da paz. Sou contra a miséria, racismo, machismo, preconceitos, desigualdade, fome, homofobia, xenofobia, violências, desemprego, falta de saúde e educação. Preciso me vigiar tendo domínio próprio para não cair na cilada do inimigo colocando minha sensibilidade meus sentimentos no papel para depois gritar todo o afeto que tenho dentro de mim para ecoar palavras de ânimo, vitória, esperança, motivação, pacificação, justiça e amor.