Não é porque é setembro
Um arrepiar desconcertante em meus pelos ralos, fez-me despertar do devaneio em que me encontrara. Um segundo arrepiar ainda mais intenso, sacoleja meu corpo inteiro, ao passo em que percebo de qual emaranhado de pensamentos minha consciência se liberta. Às vezes, paro e penso que poderia não te ter mais, não te ouvir mais e muito menos lidar com esse seu jeito durão que te faz tão forte. E isso dói. Não é por querer, mas eventualmente as rédeas da imaginação acabam escapando por entre os dedos. Você sabe bem disso. Hoje volto pra te ver, bem mais aliviado do que da última vez. O arrepio agora vem diferente, quase exalando a vontade de gritar: Viva! Continue minha irmã, me ensine a ser tão grande. Não é porque é setembro, muito menos por vaidade de escrever. Só me veio a vontade de te dizer: Como é bom ainda te ter. Poder te ouvir. Escutar aquela música boa e chegar ao consenso de que Renato Russo deveria ser matéria de ensino médio. Como é bom ver suas danças aleatórias no meio da casa. Como é bom ainda te ter e poder te abraçar. Eu te amo. Acalme-se. A Felicidade está bem aqui em cada um de nós. Sinta.