anatman
https://www.youtube.com/watch?v=NZ52orhnnqs
Sentei ali e contemplei o mar.
Desdobrava-se em inúmeras e infindáveis ondinhas.
Ainda assim, sempre as mesmas águas.
Não duvidei de que parecida coisa
ocorra com a vida e o mundo.
A onda faz e desfaz -
nasce, cresce e se devolve,
a si mesma não pertence.
Por isso mesmo, não resiste.
Vi que o mar era como minha mente -
sereno, amplo, e me perguntei quem
era o espelho de quem.
Se ele reflete os céus,
e criatura reflete criador,
então talvez seja eu os olhos
através dos quais o mar
se contempla.