Educando um macho alfa

Ele faz o tipo gostosão, mantém fios de cabelo e barba grisalhos. Poderia ser um homem atraente, porque tem glúteos firmes e as mãos não parecem tão pequenas. É o típico homem que desperta o interesse de uma boa parte das mulheres. Talvez pelo jeitão "te taco na parede e te faço de lagartixa". As incautas faltam perder o ar, porém, aquelas que já passaram por experiências com homens tipo "macho alfa" não tem sua libido acessada por seres assim, logo percebem que o que mora ali naquele corpo é um homem inseguro que precisa mesmo é de auto afirmação. O macho alfa trabalha em uma escola, a autora deste relato também. Ele vira e mexe era autor de umas gracinhas que a incomodava. A primeira foi na ocasião de uma festa, em uma foto coletiva com todo o grupo, que ele aproveitando-se da situação, colocou a mão em sua coxa . Ela tirou a mão dele de seu corpo e não gostou da brincadeira. Passaram alguns meses e ele passou a cumprimenta-la com beijo no rosto de um jeito diferente. Era um cumprimento que em nada parecia casual. Certa vez, ela foi até o espaço onde ele trabalhava conversar com outro professor. Percebeu o olhar de garanhão no cio, acompanhado de comentários com outros colegas de trabalho. Sentiu-se muito mal. Não via a hora de sair dali. Se perguntava porque homens mantém atitudes desta natureza. Será que acham sexy?

O ponto alto foi quando ele estava indo embora e para se despedir foi até sua sala e a cumprimentou com um selinho em parte da boca. Ela não sabia o que fazer. Ele saiu como se nada tivesse acontecido. Ela sem ação pelo desrespeito a qual foi submetida. Só tinha a certeza que ele chegou ao ápice. Ele teria que ser chamado a atenção. Como não se viam com frequência, na semana seguinte, na ocasião de uma reunião coletiva, quando ela já estava sentada, ele chegou atrasado, sentou em seu lado, pegou sua mão e beijou. O sentimento dela foi de repulsa e deixou claro, puxando de volta a mão para si. Passaram-se alguns dias e chamou o macho alfa para uma conversa. Estava nervosa. Parece, mas não é uma conversa fácil. Olhou bem nos olhos dele e perguntou séria, firme, mas sem ataque:"Em algum momento eu demonstrei interesse por você ou algo para além do profissional?" Ele disse que não. E então ela disse o que precisava. "Então o que leva a ter atitudes como colocar a mão na minha coxa e me dar selinho sem o meu consentimento?" O selinho ele negou, a mão na coxa justificou porque estava bêbado. Ela disse "veja bem, o jeito que eu trato você é o mesmo jeito que trato as professoras, as crianças, todo mundo, o fato de eu ser simpática, não quer dizer que tenha interesse por você". Ele negando o assédio disse que sabe que ela jamais daria "bola" para um ogro como ele, disse que a achava muito interessante e que não seria capaz de subestimar a sua inteligência. A resposta dele foi de homem esperto. E ela preferiu não ficar no embate. Só pediu a ele um favor: que não fizesse isso com mais nenhuma mulher. Agora ele mantém a devida distância. A cumprimenta e passou a agir com maturidade. Pelo menos em relação a ela.