Felicidade

Quando eu era criança tinha uma lista de coisas que me deixava feliz: moedinhas de chocolate, ir ver os peixinhos na praça, tomar sorvete no domingo, brincar de mãe da rua colorida até anoitecer, ler gibis de fantasmas, jogar vídeo-game, assistir desenhos do pica-pau, passar as tardes de inverno com a minha vó...

Hoje, ainda procuro manter o foco nas pequenas coisas. A vida é tão efémera. No final, a gente não lembra do mestrado ou doutorado. Não nos lembramos do quanto temos no banco e de todas as conquistas materiais. O importante é o que floresceu dentro de cada um. A mão que segurou a nossa num momento ruim, um sorriso, um abraço, o que pude ser para quem estava perto. As vezes pensamos que as coisas materiais é que nos medem mostrando o quão bem sucedidos somos. Mas, o sucesso está nas vidas que você tocou. Quando penso em alguém importante para mim, não penso naquela pessoa que tinha tudo o que o dinheiro podia comprar. Penso na pessoa que me deu algo bem mais precioso: o seu tempo.

É mágico. Quando alguém para tudo para poder ser o seu tudo. E eu, que anteriormente me sentia tão pequena fico imensa no universo do outro.

A felicidade, no entanto, não possui uma receita única. Cada um tem que trilhar sua própria caminhada fazendo suas próprias descobertas. Eu a encontro todos os dias nas árvores sem folhas no percurso para o trabalho. Vou percebendo em cada detalhe do caminho como criaram um mundo maravilhoso - só pra gente. Então, levanto a cabeça olhando o céu e agradeço ao criador. Novamente, chego a conclusão - a felicidade está em nossas mãos.

Ana Liszt
Enviado por Ana Liszt em 04/09/2018
Reeditado em 04/09/2018
Código do texto: T6439089
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