ESSA ROUPA NÃO VESTE BEM

Estamos engessados a uma forma de pensamento onde o que não me serve, não serve ao demais.

Se em uma loja de roupas eu experimentar uma peça e ela ficar muito apertada ou grande, ou não valorizar meu corpo, não significa que essa roupa que não me cai bem, não vista bem em mais ninguém, significa apenas que não se adequou a forma de meu corpo.

Se meu sorvete favorito for a combinação de morango com creme (aceito de presente rs), na contramão que eu odeio o de pera light (isso não tem gosto de nada rs), não quer dizer que este sabor deva ser extinto, pois alguém o irá preferir.

As pessoas buscam uma resposta (eu também), pois precisam seguir uma "verdade", e se esquecem que a verdade nada mais é que um ponto de vista.

Se estiver em minha frente uma bola com duas cores, onde eu vejo o lado azul, e quem está do outro lado vê o verde, para mim é verdade que a bola é azul, para o outro a verdade é diferente.

Mas muito mais importante que as resposta (não afirmo que elas não sejam importante), são as perguntas que nos conduziram até aqui e nos conduzirão a algum lugar.

As resposta criam a zona de conforto, as perguntas exigem evolução.

Então, o que não me serve é errado?! Jamais.

A roupa que não cabe em mim poderá vestir perfeitamente alguém.

Com essa consciência libertamos a mente, para entendermos que não é porque minha cor preferida seja branco, que o preto não seja bom, não é porque eu me simpatizo mais pela esquerda política, que a direita não tenha ideias boas também.

As pessoas não são singulares e o mundo também não é, então não podemos tentar fazer de nossas formas o encaixe perfeito para os demais, só precisamos saber ouvir, tentar entender, e ainda que seja difícil a compreensão daquele outro ponto de vista, cabe um verbo que contribui ao bem comum, aquele chamado "respeitar".

Porque o mal não é viver uma verdade, mas sim tentar impô-la aos demais!