ACREDITANDO EM MIM
Às vezes me sinto ingênua,
pois estou sendo empurrada pra dentro,
pra que eu me perca no breu.
Mas algo em mim não se incomoda
Em andar quilômetros às cegas,
Porque a escuridão sempre esteve
Ao meu lado e não haverá nenhum silêncio
Sa me atordoar porque todos
São de ser menos que o meu próprio
Silêncio abissal.
Á minha volta consigo sentir
A respiração dos monstros meus.
E vou treinando para me salvar dos perigos
Que eu mesma hei de criar.
E deles me acrescentar.
Tento tocar minha consciência
Ee ela finge não ver ou, pior,
talvez não me reconheça de fato.
Exausta encontro um lago,
Bebo depressa a água
Que já vai secar.
Levanto-me
E sigo o atalho mais estreito
Em busca de uma revelação.
Lutando qie em fragmentos,
Á espera de alguém
Que os reúna e encontre um sentido...
Mas se meu desejo
Se estende pra um lugar
Longínquo não poderei esperar
Qque me salvem.
Deve haver alguém
Que saiba porque parti pra tão longe.
Alguém que traga notícias
Dos meus enganos.
Mas não há ninguém,
Só uma música
Estranha me inquietando os nervos...
O dia é um grande
clarão e eu vou como quem desliga
o avião em pleno voo.
Talvez o importante mesmo seja não ver nada.
Mas como, se preciso correr?
Quando penso ter chegado ao fim,
a selva se multiplica e me desequilibra.
Sempre retorna ao mesmo lugar
Penso em encontrar uma solução,
mas as palavras me chegam com atraso...
A escuridão contínua são minhas angústias
que se atraem por qualquer
Pensamento assustador.
Beber a água
Já não me parece normal,
O rio foge,
Me sinto estranha,
Bão quero as mesmas coisas
Que todos parecem querer.
Procuro o que afinal?...