Carne divina
Nunca consegui distinguir o amor do sexo, sempre foram complementares nos meus pensamentos e sentimentos.
Não que fosse puritano, e talvez seja essa noção que esteja errada. Pelo contrário, sempre fui bastante pervertido, ou curioso, talvez sensível no que tange a necessidade de sentir, e não a fragilidade.
Em algum ponto passamos a entender o amor como puro e o sexo como profano. Nunca entendi. Sempre quis o amor impuro e o sexo celestial, que as trombetas toquem ao orgasmo de nossos corpos!
Há algo de divino no sexo que é alcançado com amor, como um ritual físico e mental consagrado em sentimentos tão mágicos que nos faz transcender.
E enquanto via a todos fugirem do amor buscando o sexo como refúgio e desculpa; e outros buscando o amor tão desesperadamente que aceitavam qualquer migalha sem prazer; eu sempre o desejei. O amor como algo concreto e ao mesmo tempo etéreo, tão divino quanto podemos conceber. Um amor de complementares, a foda da iluminação, o ápice da conexão. Eu e você numa expansão explosiva gerando nosso próprio universo de estrelas brilhantes e maravilhas incontáveis, vivas apenas em nós.
Eu quero fodê-la com todo o meu amor. E amá-la com todo prazer. Complementares como somos, consagrando nossa relação com suor, porra e saliva.