O relógio que rege todas as coisas.
Loucura esse tal de tempo,
O segundo atrás,
Já se tornou passado,
De real se tornou abstrato.
As lembranças são livros gigantescos,
Maiores que a divina comédia.
Ninguém pode explicar o tempo.
Nem pará-lo, acelera-lo ou retrocedê-lo.
Os ponteiros são invisíveis,
E muito bem alinhados.
Até as linhas aqui escritas,
No mesmo instante se tornaram passado.
Assim como nós também nos tornaremos,
Pois o relógio ao mesmo tempo que gira pra frente,
Na mesma velocidade ele gira ao contrário.