Era

Era para ser diferente

Era para ser constante

o doce sabor de brisa,

o aroma suave do vento

trazendo lembranças de flores!

O toque morno do beijo, traduzindo

o ardor do olhar!

O sorriso da criançada correndo,

a pipa voando no cerúleo do céu,

bailando ao vento!

Os animais serenamente,

levando seu extinto imperene, mortal!

a vida poderia ser mais, mesmo no menos!

Mas a inconstância se fez presente,

a dor invadiu a mente,

o medo transformou o olhar

e no beijo a incerteza, o desengano,

as sombras que pairam no ar!

Trás o vento notícias de longe,

temores do irmão!

A completude da infância,

roubada pela tecnologia!

O cheiro da podridão,

a extinção das espécies!

Nossa pequeneza humana, uma

dantesteca mazela!

Luk Ramos
Enviado por Luk Ramos em 18/08/2018
Reeditado em 21/11/2023
Código do texto: T6423210
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