Era
Era para ser diferente
Era para ser constante
o doce sabor de brisa,
o aroma suave do vento
trazendo lembranças de flores!
O toque morno do beijo, traduzindo
o ardor do olhar!
O sorriso da criançada correndo,
a pipa voando no cerúleo do céu,
bailando ao vento!
Os animais serenamente,
levando seu extinto imperene, mortal!
a vida poderia ser mais, mesmo no menos!
Mas a inconstância se fez presente,
a dor invadiu a mente,
o medo transformou o olhar
e no beijo a incerteza, o desengano,
as sombras que pairam no ar!
Trás o vento notícias de longe,
temores do irmão!
A completude da infância,
roubada pela tecnologia!
O cheiro da podridão,
a extinção das espécies!
Nossa pequeneza humana, uma
dantesteca mazela!