O expurgo que não aconteceu
Nunca tive nenhuma simpatia especial pela Ditadura Militar e já expus minha razões em textos anteriores aqui no Recanto.
Por outro lado, causa antipatia a insistência de muitas pessoas em ressaltar os aspectos negativos dos governos militares e tentar passar a imagem que os terroristas que os militares combateram eram uma espécie de “cruzados na luta pela retomada de Jerusalém”.
Em setembro de 1969, o embaixador americano no Brasil Charles Burke Elbrick foi sequestrado por membros das organizações de extrema-esquerda MR-8 e ALN.
Em troca do embaixador, 15 “revolucionários” presos deveriam ser libertados e colocados num avião com destino à Argélia, Chile ou México.
Se a “sanguinária” ditadura brasileira tivesse agido com a “doçura” dos vários regimes comunistas que já existiram, os 15 presos, dentre eles José Dirceu, não teriam sobrevivido àquele voo, bem como os que ficaram vigiando o embaixador no cativeiro, cuja localização era do conhecimento dos militares.
Não estariam vivos também, em decorrência de um expurgo que não aconteceu, Dilma Rousseff, José Serra, Fernando Henrique Cardoso, José Genoino, Fernando Damata Pimentel e outros.
Para Luiz Inácio, esperto como sempre foi, não faria diferença, porque ele na verdade nunca bateu de frente com os militares.
Portanto, os sobreviventes deveriam agradecer aos céus por estarem vivos e de quebra mamando recursos públicos da atividade política e da “bolsa ditadura”, por terem prestado relevantes serviços à Nação como bravos terroristas.