AMANHECER

Ela acordou bem mais cedo que todos os dias. Na verdade madrugou. Pegou o carro ainda no breu da finda noite, cortou de um canto a outro a cidade. Fez percursos diversos, vendo sob diferentes ângulos o amanhecer. Viu pouco a pouco a luz vencer as trevas em cada fresta. Na travessa, na calçada, na esquina. Viu surgir em meio ao arvoredo, nos rasteiros jardins, nas entrequadras. E de repente o que lhe parecia oculto, tornou -se visível. Não há o que temer quando surge a luz. E a verdade é a luz. A verdade é a verdade. E sendo, trará libertação daquilo que existiu, abrindo possibilidades para a cura. E curada do que passou é possível seguir adiante. Tomou o rumo de casa.

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Adelaide Paula
Enviado por Adelaide Paula em 15/08/2018
Reeditado em 15/08/2018
Código do texto: T6419493
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