Fakes e seus desdobramentos

Compartilhando situações que me intrigam...

Perfis falsos serão sinal de esquizofrenia? Formas de stalkear alguém? Transtornos de personalidade?

Ter um ou mais heterônimos e publicar assim, não é incomum no meio artístico. Mas o assunto de que trato aqui não é este.

Orbiting é novo nome para quem orbita o universo do outro, mas sem se manifestar, apenas estando presente vinte e quatro horas por dia, vivendo a vida do outro através dos seus posts. No caso aqui do RL, poemas. Acha que não acontece? Pode ter certeza que sim...

As fotos do perfil nem sempre são da pessoa em questão...tiradas da internet, facilmente identificáveis, escondem outras pessoas, muito diversas da imagem que apresentam. E não me venham dizer que é liberdade, licença poética, se apropriar da imagem de outra pessoa para se identificar (na verdade, é crime). Então coloquem imagens da natureza ou algo similar. Fácil...

O desdobramento mais estranho de todos é o do ser que, stalkeado ou orbitado, incentiva esse comportamento de diversas formas: fingindo não saber; estimulando os diversos perfis através de comentários; estabelecendo relações em espaço reservado, apenas para se aproveitar desse sentimento que o primeiro nutre ou pensa nutrir, para alimentar seu próprio ego.

Sofrem, os dois, de solidão intensa e imensurável? Precisam disto para se sentirem vivos e queridos?

Qual dos dois será o mais doente e/ou carente?

Em tempos de amores líquidos e relações virtuais, de todas as formas e naturezas, cabe a reflexão do não-ser, do não-estar, do não se assumir, do não-viver...