UMA REFLEXÃO SOBRE O MEIO DE TRANSPORTE NATURAL

Estava eu vendo umas publicações no Facebook sobre andar a pé em Contagem City e, consequentemente, comecei a pensar a respeito. Daí, quando vi, já falava sozinho, imaginava coisas, como costumo fazer. O problema de falar sozinho é que só tem uma pessoa te ouvindo. Então resolvi escrever.

Eu curto muito andar a pé. Quando tenho uma oportunidade de ir a algum lugar a pé, gosto de aproveitá-la. Acho prazeroso, de verdade. Não tenho carteira de habilitação nem pretensão de adquiri-la. Dirigir tem vantagens. Para certas pessoas, em determinadas situações e contextos, é algo muito útil, até mesmo necessário. Há outras situações e contextos onde é dispensável, porém mais cômodo, mais confortável. Entretanto, tenho a impressão de ser comum as pessoas se apegarem bastante ao uso do carro... ou ao uso do uber... ou até mesmo ao uso do ônibus... em ocasiões nas quais seria perfeitamente possível se locomover a pé. Na realidade, acho que a locomoção pelas próprias pernas parece estar se tornando cada vez mais desprezada, quase marginalizada, tadinha!

Assim, almejo que o presente texto constitua um manifesto de defesa a este meio de transporte tão especial. Nossos pés e pernas são nosso meio de transporte natural. Nem precisa dizer que andar a pé é ótimo pra ficar saudável, né? Exercício for free. Podemos definir também com uma palavra que rima com saudável: sustentável. E eu já falei no quanto é prazeroso? Outra coisa que desejo destacar antes de encerrar... Quando ando a pé, acho que me conecto melhor à cidade, bem como aos cidadãos que a preenchem. Os carros parecem bolhas. Neles, a gente transita, muitas vezes, individualmente (ou, no máximo, em grupos de cinco). E passa-se rápido por tudo. Não se sente o chão sob os pés, não se ouve tão bem os sons ambientes (principalmente com o rádio ligado). Não se cheira tão bem os odores, não se sente a brisa no corpo. Não enxergamos tão bem uns aos outros. Por isso tudo e talvez mais, minha mensagem é: reflita e valorize o ato de ir a pé!

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Agosto de 2018.