Simplismente mente
O lugar em que vivo não tem nome.
Não tem ar, nem água, nem rua.
Não tem acordo com a fome.
Nem a lua nua e crua.
O dia é escuro, e a noite é de dia.
Formadas por nada além de nada.
Mas com dores e nostalgia.
O grito de fora não se escuta,
De tal foma que nada se vê também.
A âncora de socorro é tão curta,
Que corre risco de não alcansar o trêm.
Cada vagão é um sentido,
Com cada um sentindo o nada.
Sem saber se está mentindo,
Logo a conciência acaba.
O trêm não passa de uma parte de mim.
Que corre os trilhos em busca de lógica conciênte.
Ele não tem parada, nem começo, meio e fim.
Porquê a cabeça da gente simplismente é assim.