Procuro ser discreto.
Não arranco respostas porque não me pertencem, as pessoas tem o seu tempo de maturação para dizer, ou simplesmente se calar.
Nesta semana que passou dois fatos mostram que não sou invasivo, e mais, não gosto que sejam comigo. Definitivamente não sou um livro aberto, ou posso ser quando sinto que posso me abrir, o que é raro.
Faleceu o pai de um grande amigo, e nem deu tempo de ir ao enterro, pois não avisou , o que é um direito da família que optou em um enterro rápido, poucas horas após a morte, às três da madrugada, só para a esposa , os filhos e as noras. A consideração desse amigo é tão grande que ele veio em casa na manhã seguinte, após um par de horas de sono, e pudemos conversar por um bom tempo. Sem tristezas mas com muita seriedade e respeito. Trata-se de um homem muito espiritualizado e bondoso, com um nível que ainda estou longe de atingir.
Em momento algum perguntei sobre a causa da morte do seu pai, e ele também não disse. Se despediu nas Clínicas após algumas semanas difíceis, e só isso bastava.
Outro fato, e desta vez é relativo a minha família, é que no domingo a minha filha mais velha veio com o marido, e passamos um dia muito agradável. Em determinado momento, o marido dela disse; " A minha ex esposa assinou o divórcio ", e só respondi; " Que bom !", sem dar sequência a outras argumentações, e entre tantas conversas paralelas, o assunto se perdeu tão rápido quanto começou.
Sei que eles desejam muito se casar como se deve, há tempo, mas cabe a eles o momento disso acontecer, por hora só quero a felicidade dela, que cuide bem a da minha filha e sejam felizes juntos.
Sou assim, sempre fui !