O Poeta e Sua Caixa Logos
Autor: Leonardo Lisbôa.
A CENA E Seus ACENOS:
Autor: Leonardo Lisbôa.
A CENA E Seus ACENOS:
O quê?
O Poeta traz umbaú, seu maior tesouro de onde ele tira suas Poesias e Filosofias: sua compreensão intimista da vida.
Onde?
Lugar obscuro de sua mente inquieta, reflexiva e questionadora. Quer compreender a vida e suas crueldades. A Poesia é seu antiácido e antidepressivo. Por isto deseja compartilhar com todos e se prepara para isto.
Quando?
Em seu estado de sonolência quando está descansando.
Como?
O topor do sono permite o Poeta remexer em sua caixa, o consciente que cede lugar à não-lógica do inconsciente.
Por quê?
Está cansado de tanta violência, injustiça social e crueldade que se observa entre os seres vivos quando todos devoram todos.
POESIA E FILOSOFIA COMO DISCURSO,
SEU MONÓLOGO.
POEMA: Massa da Poesia
(sugestão para a cena: sobre uma superfície destampa uma massa de farinha e sova-a inicialmente e começa a declamar este poema)
Massa da Poesia
...e se em vez de morrer
fossemos como bolha de sabão?!
De tanto no ar girar,
levar e ser levado... pluft!
...desfizéssemos em gotículas
no ar.
Ou em folha de planta...
talvez virássemos
botão de flor
até que de novo
sabão lavássemos...
ou
pão
levássemos...
mas somos!
Somos Poetas
repartindo
a massa da Poesia
em comunhão. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 23/02/2018)
FILOSOFIAS
CONSIDERAÇÕES:
Primeiro Logos:
Somos a terra que se aglutina como reação de todos os elementos químicos.
Esta reação produziu a energia que faz o EU de todos. Todos nós.
Nós que não é só humano
É o vírus, a bactéria, o fungo, a planta e os animais.
É a célula e o organismo.
Entre todos a crueldade.
Esta monstruosidade que consiste de um se alimentar do outro.
É a terra vivendo de si mesma.
A dor é relativa.
Se isto é a natureza de todas as coisas inexiste a monstruosidade.
É o querer natural de “sobre viver”, sobreviver, sobre elevar-se acima.
É querer “sobreelevar” que faz o divino indignado com este fazer e refazer, devorar e ser devorado.
É a consciência disto que provoca a dor.
A dor de saber que há dor física na “devoração” de cada um: devorador e devorado.
No universo há o silêncio.
Na Terra há o barulho.
Dentro de nós há gritos de perplexidade. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 08/03/2016).
Segundo Logos:
A Morte é a Coroa de Ônix que a vida coroa a todos.
Sim, de ônix porque é rocha negra e pesada.
Tem que ser negra porque qualquer outro tom reflete luz.
E luz é vida enquanto o negro é a ausência de luz.
A Morte é a falta de Vida.
A todo vivente cabe esta coroa pesada e negra.
Pesada porque ninguém quer morrer.
Porque morrer é deixar de SER – ser qualquer coisa substantiva... Subs – tanto ... Para ser tudo.
Tudo o que vive e morre. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 17/03/2016)
Terceiro Logos:
Somos todos, animais, plantas, minerais, planeta. Somos planeta navegando no Planeta Terra.
Os minerais são o planeta bruto.
As plantas planeta que reagiu.
Os animais são reações químicas e elétricas.
Os seres humanos são reações químicas, elétricas , como animais,e pensantes.
Animais que mais elaboram o pensamento.
Todos cumprem suas etapas e só o Universo se eterniza cumprindo suas etapas também.
A morte e a vida em si não existem porque tudo é etapa de uma única essência. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 15/04/2016)
Quarto Logos:
A vida se traduz em signos.
Significados que dizem o subentendido.
A vida se complementa de filhos; filhos que dão continuidades...
Os filhos são os gerados da carne e também aqueles por ações e pensamentos.
Quem não pariu da carne, pariu por influências: ideia e arte.
Quem não pariu de um modo ou outro passou despercebido.
Viveu sem germinar pois vivemos por significar a existência. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 09/05/2016)
Quinto Logos:
Como planeta que somos trazemos no organismo um sistema, outros organismos também: formas do planeta que reagiram às mutações bilógicas advindas de respostas químicas e físicas. São os vírus, bactérias...
Quando estamos vivos e saudáveis estes pequenos seres estão dormentes.
Envelhecemos – processo natural – estes seres entram em atividade cumprindo sua etapa: devolver à Terra o planeta integrante que somos.
Para retardar a ação destes inúmeros organismos em nosso que se desgasta usamos medicamentos que reforçam a imunidade: capacidade de nos mantermos vivos.
Ao ter desenvolvido esta capacidade de retardar a volta ao que somos através da morte desenvolvemos a cultura.
A cultura proporcionou o imaginário e inventamos aquilo que chamamos de espírito.
Os espíritos não passam de imaginação: pretende responder aquilo que temos dificuldade de entender e aceitar, o morrer: voltar a ser planeta.
Inventamos uma imaginação de dimensões espirituais que buscamos angustiadamente para explicar a dimensão única: a real e material. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 31/06/2016).
Sexto Logos:
Voltar a ser Planeta, Terra.
Decompor-se em elementos químicos...
Voltar a Ser Bruto e deixar de Ser Pensante.
Permanecer vivo em estado terra: minerais.
Viver e morrer são só estágios. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 06/03/2017).
POEMA: Roseiral em Palha
(sugestão para a cena: sobre uma superfície pega-se rosas secas e começa a declamar este poema. Em seu final descobre-se, acha um Rosa que ainda vive.)
Roseiral em Palha
As pétalas
uma a uma
foram murchando
uma a uma
foram caindo
restou só
o miolo seco
a haste seca
com espinhos
mais penetrantes
talvez restou ainda
alguma semente
alguma muda
algum enxerto
talvez algum verde
brote em meio
a tanto ocre. (Leonardo Lisbôa, Barbacena, 13/01/2018)
***
Ainda há ESPERANÇA!
“A arte existe porque a vida não basta.” Ferreira Gullar
Leonardo Lisbôa
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.
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