Melancolia de To(d)los
Que motivação possuem para criticar o óbvio? Deixai os dogmáticos em paz, sejais liberto de tua arrogância. Sou tolo, por suceder traçar meu próprio julgamento. Porém, medito, decifro e grafo minhas próprias falhas. Sou um genuíno ser, um jovem, não contenho nada que de mim possam contemplar. Não há um sinal afável, no entanto, é traçando meus pontos incertos que findarei a aperfeiçoar. Sou tolo! Julgo-me tolo! E com o que tenho, elaborar-me-ei, recriar-me-ei, estar-me-ei de reinventar. O que direi aos meus futuros filhos quando perguntardes como foi minha juventude? Eu nada responderei, eu nada fiz, eu nada “nadei-me”. Sou um tolo ausente de aterramento, que ao tentar assegurar uma bela rosa, sem conhecimento, fui acutilado. Como todas os momentos em que, sem ciência, fui abatido em ilusão. Fui tolo, ser humano tolo, ao dialogar com uma víbora, tomou-se a deleitar o fruto ilícito. Réprobo de um belo jardim, e agora, enterrado em um vazio existencial. O que eu farei de mim?
Que pensamento tolo, mas dele não é permitido safar, pois penso para justificar minha existência, mas dela nada compreendi. Busquei encontrar novas justificativas no centro de minha cidade, em minha localidade, nos meus próprios genitores, naqueles que me rodeiam, e encontrei-o em mim mesmo. O que eu farei de mim? Libertarei-me-eis de minha existência ou a existência me libertará?