E já se foram quatro meses...

E já se passaram mais de quatro longos meses sem álcool. Para mim, a pior droga que conheci... a pior existente! E olha que já fui usuário de crack, cocaína... já inalei diversos tipos de químicas, etc. Mas o peso da lombra do álcool é algo que nunca mais subestimo. Recomendo cuidado e atenção para aqueles que estão se iniciando neste mundo de farras e drogas. Sempre há surpresas negativas! Eu fui um cara unido doido... usei de tudo e mais um pouco. Nunca injetei porque sempre tive pavor de agulhas. Mas ao restante, só desanda. Atualmente ainda faço uso de maconha, porque sofro muito com meus problemas de insônia e falta de apetite. Não nego meu passado "vida loka"; melhor eu falar que outros, pois eles resumem seu passado de maneira infame e colocam várias coisas que você nunca fez. Então eu assumo tudo, sem nem mudar a cara. E também meu, tô nem aí. Eu optei, eu sei de minhas escolhas. Dá nada! Se eu fosse reclamar de algo seria daquelas escolhas feitas inconscientemente. É uma mistura de peso na consciência com consciência limpa. Não dá pra explicar! Enfim... sei que foi ruim, mas é justamente por causa disso que hoje tô me "regenerando", me "curando", me "limpando" (tem que colocar entre aspas porque senão o povo pensa que tô indo pra igreja ou me curando de algum câncer)! Se sinto falta? Às vezes! Mas tudo passa com uma boa corrida! Uma boa leitura.

Confesso também que largar as drogas e as farras sozinho é mais difícil. Não obtive muita ajuda pra parar, mas felizmente, houve alguns poucos que se importaram comigo. Agradeço há todos! Mas o apoio da família e amigos é realmente importante... crucial.

Graças ao álcool, obtive uma grande variedade de inimigos. Perdi muitas coisas preciosas. Muitas tretas e guerras (algumas ainda não resolvidas; mas eu deixei de lado. Só que se vierem me perturbar, vão levar). Mas também menciono que amigos verdadeiros são aqueles que permanecem contigo e lhe dão apóio, independente do momento bom ou ruim. Também não os procuro e nem faço questão de reatar nada! Cada um faz suas escolhas... assim como eu fiz as minhas. E sei que muitos me difamam e inventam coisas terríveis sobre mim, mas eu tô guardando tudo para o momento certo. E meu, eu sou inteligente, tenho meus contatos, meus subordinados... eu fico sabendo de tudo. Tenho maneiras de saber de tudo e todos das mais variadas formas possíveis. Por isso muitos me odeiam, porque sou volátil, mas também egocêntricamente inteligente a ponto de poder ferrar todos eles. Eu também ficaria com medo e preocupado, se tivesse alguém como eu instalado como inimigo declarado. Não falam que os inteligentes e ocultos são os mais cruéis e justos?!

Tá... mas desde que fiquem na deles, tudo na paz. Hoje em dia, não fico perto de gente bêbada ou que está bebendo. Minha carne ainda é fraca, e enquanto eu não controlar totalmente minha fraqueza, vou evitar ambientes onde eu possa ser sucumbido por essa malévola droga. Quanto às outras, tá de boa! Já sei me controlar. Só não posso controlar a vida que tenho: realmente vida inusitada, diferente... normal para um cara que já desviou da morte por quatro vezes.

E lembrem-se! Não subestimem o álcool. Ela é a pior droga existente! Bebam água de côco, caldo de cana, açaí... não façam as mesmas merdas que eu! Não se afundem, para não magoar aqueles que lhes são importantes e perder aqueles que lhes são caros, únicos. És o relato de um ex alcoólatra, que vive uma nova vida, lutando duro para reerguer sua história.

Recluso Misantropo
Enviado por Recluso Misantropo em 04/08/2018
Código do texto: T6409412
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