A dor tem nome
Que nome se da a dor quando ela não cabe mais no peito?
Somos vítimas de um ser repleto de inquietações. Atribulado e insaciado. Sem rumo e sem poder. Somos vítimas de nós mesmos. Um ser que autodomina. Que pode se libertar. Ser sucesso. Que pode tornar o ambiente um catavento que gira para onde ele quer.
Somos auto em tudo. Entretanto, nos negamos. Nos tornamos porta lápis. E ao invés de lápis, portamos medo.
E seguindo com medo deixamos de ser tão auto . E começamos a pensar que a culpa é dos outros. Que todos te olham e te julgam. Que seu estilo é um mal . Que as suas músicas te tornam perverso. Muros nasceram em meio a essas visões criadas pelo medo.
Daí passamos a ficar. Ficamos em casa, porque é bom evitar. Ficamos numa só atividade, porque demais atrapalha. Ficamos e ficamos.
Acreditamos que os outros podem e que a gente pode ... que a gente pode acreditar só nos outros.
E que nome da a dor criada por nós mesmos?
Ela vai permanecer até decidirmos que a gente também pode. Que nascemos auto e sempre seremos. Que a nossa autocapacidade não nos impede de enxergar os outros . De aceitar que falhamos. De perceber que é preciso ter ajuda.
De não criar um monstro pra coisas simples. Se você se formou em engenharia jamais vai avançar para uma sala de cirurgia sem saber sobre as principais veias. Você se formou em algo a seu alcance. Sua auto capacidade acreditou na engenharia. Na qual você vai trabalhar com projetos e observação. Apesar do cuidado que exigem as duas profissões. Um não pode fazer o trabalho do outro. Pois, cada um se identificou com algo. Se distanciam nas técnicas e teorias. Mas trabalham juntas para o bem estar e para a vida!
É necessário deixar essa indecisão que nos domina. Podemos e em algum momento seremos premiados.
Teremos o corpo certo . O curso certo. Os amigos certos. O estilo certo. A vida certa. Quando o medo não for o autofoco.