Pequena sobre atravessar a rua

Desde pequenos aprendemos que devemos olhar para os dois lados quando vamos atravessar uma rua sendo ela de mão dupla. E desde cedo criamos este pequeno hábito de parar, olhar e depois atravessar.

Porém com o decorrer do tempo as coisas vão se modificando e vamos fazendo de um aliado, um inimigo. Este inimigo chamamos de tempo, onde atravessamos correndo, sem olhar para nenhum dos lados. Simplesmente vamos caminhado sem parar, olhar e depois seguir adiante. Perdemos algo muito importante quando deixamos de fazer este simples gesto de olhar, vamos perdendo gradativamente a percepção de olhar o que está ao nosso redor.

Temos também a pratica de preferir um lado, onde talvez não bata sol, sua loja preferida esteja ali ou porque é mais calmo e o passeio não é cheio de buracos. Contudo se ficarmos presos neste lado subindo e descendo sem ao menos cogitar atravessar para o outro lado podemos estar perdendo uma nova loja, um passeio melhor ou a oportunidade de reencontrar um velho amigo. Isto também em nossa vida quando ficamos presos em nossa rotina e perdemos a vontade de mudar de lado, de olhar por outra janela de parar, olhar e atravessar.

Uma rua pode ter diversas coisas, mas também pode ser vazia. Nossa vida também tem notas assim, onde existem vários acontecimentos de uma rua festiva. Mas também temos notas de uma rua de chão batido onde raramente passa alguém para deixar suas pegadas, nesta rua de chão muita das vezes o caí são gotas de chuvas que para nós seriam lágrimas.

O atravessar a rua também traz consigo momentos tristes, pessoas que atravessam e não mais voltam. Ali parados na esquina damos um último adeus. Porém é preciso prosseguir e logo adiante se tiver oportunidade atravesse a rua e experimente o sorvete que é vendido do outro lado.

Pare, olhe e depois atravesse faça isso todas às vezes quando for fazer uma escolhe. Pare e reflita, observe o que vem adiante e siga se for realmente bom para você...

Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...

Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!”.

Não tenha medo do que pode estar do outro lado, lá também habita a surpresa!

Júlio Assis

Júlio Assis
Enviado por Júlio Assis em 27/07/2018
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