O que falar

Há muitos quilômetros de tudo
Numa profundidade insustentável
Onde fui esquecido..
Nem sei o endereço .
Só tenho de mim a superfície
E o mergulho pode ser sufocante..

Tenho de ser anfíbio ao inverso
E despejo em versos
Tudo que me afoga .

Enquanto aspiro a mão que afaga
E fujo do frio sinistro das ADAGAS
que penetram a lama sem cortar

Tudo vai alem da fantasia
porque o concreto deste dia
me chama ao compromisso.

Teclo...Penso..Emudeço
E nem sei mais o que falar...