Nihil.
O que será que é preciso para que se escreva alguma coisa de relevante? Alguma coisa que faça sentido? Que me tire desse círculo vicioso do cotidiano? A existência se torna uma mera repetição. Percebemos que o tempo passa quando nos percebemos no mesmo espelho, a mesma hora do dia, todo dia. Cada vez mais velho. Cada vez mais perto da morte. Sem viver. Só repetindo.
A vida é um momento breve em meio a dois vazios. Um lampejo fugaz. E ainda assim conseguimos ficar entediados. Sexo, bebidas, drogas, futebol, religião... É tudo escapismo. Maneiras de evitarmos encarar de frente o vazio. E o que fazer a respeito? Nada.
Não há nada a ser feito.