QUEM DIRIGE A SUA HOSPEDARIA ?
A trajetória evolutiva do Ser Humano se desenvolve sempre em três direções, orientada respectivamente pelos seus três espíritos: o espírito natural, o espírito angelical e o espírito infernal. Entre os três espíritos, o natural é o mais atuante, e ele corre na frente, usando o poderio da racionalidade humana, que se desenvolve em velocidade progressiva, e que se distribui numa grande diversidade de conhecimentos naturais. O espírito infernal, até certo ponto da evolução do Ser Humano, surgia depois da infância, mas desse ponto em diante, com a aproximação do final dos tempos, ele se mostra inclusive na infância, tornando-se progressivamente mais atuante e mais agressivo. O espírito angelical tem uma evolução específica, independente da cronologia evolutiva do Ser Humano, podendo se desenvolver de forma abrupta em quaisquer das suas faixas etárias, ou mesmo nunca se manifestar na vida de alguns, sufocado pela atuação mais intensa dos espíritos natural e infernal.
Assim como os Seres Humanos têm entre si um relacionamento repleto de interesses individuais, também os três espíritos têm seus próprios interesses. Os três são hóspedes do Ser Humano que é a sua “hospedaria”, e no contínuo confronto de interesses, cada um dos hóspedes tenta conquistar a preferência do “dono” da hospedaria. Nesse jogo de interesses, fica claro que o espírito angelical e o espírito infernal são permanentes opositores entre si, e ambos tentam influenciar e atrair o espírito natural como seu aliado. Durante todo o tempo, os três espíritos fazem suas sugestões ao “dono” da hospedaria, que acaba por escolher um dos três para ser o “Diretor” da hospedaria.
O espírito natural e o infernal têm afinidades e bom relacionamento entre si, e geralmente eles se unem para disputar com o espírito angelical, que nunca faz quaisquer tipos de acordos com os outros dois, em nenhuma hipótese. Nesse ininterrupto confronto, o desfecho previsível, é que os espíritos natural e infernal, unidos, irão assumir a direção de 66,6% das hospedarias, e o espírito angelical deverá assumir o comando de 33,3% delas, cujos números certamente nos ajudam a compreender a atual situação da Humanidade, o seu relacionamento com Apocalipse 13;18, e a interpretar a separação do joio e do trigo como as proporções qualitativas da Humanidade.
Os três espíritos são portadores de qualidades específicas, as quais orientam a sua atuação sobre o “dono” da hospedaria, sempre com o objetivo de assumir a sua direção e o seu controle absoluto. O espírito natural explora a cobiça, a inveja e o orgulho, as saborosas guloseimas que mais atraem os “proprietários” das hospedarias. O espírito infernal oferece o ódio, a maldade explícita, também um prato muito apreciado pelos hospedeiros. O espírito angélico, por sua vez, oferece o amor, sua exclusiva qualidade, com todos os seus desdobramentos (bondade, caridade, fraternidade, humildade, lealdade, honestidade, justiça, etc.) os quais, de um modo geral, não são muito convenientes aos interesses dos hospedeiros, pois exigem a renúncia às tentadoras vantagens oferecidas pelos outros dois espíritos, especialmente o espírito natural, enquanto o espírito angelical oferece apenas uma vantagem abstrata, que os pragmáticos hospedeiros não compreendem, pois ela é de caráter espiritual, exigindo esforço e dedicação para penetrar na sua essencialidade.
Entre os proprietários das hospedarias, alguns estão empenhados em adquirir os conhecimentos espirituais e admitir como “Diretor” o espírito angelical. Outros não têm esse interesse e estão mergulhados nas delícias da racionalidade navegando nos mares dos prazeres existenciais, e temos também os “espertinhos” que ficam “em cima do muro”, (os mornos de Apocalipse 3;15,16) que na verdade estão enganando a si próprios, sem perceber que estamos nas últimas cirandagens, onde está sendo colhido o remanescente do trigo, conforme se observa em (Romanos 9;27 e 11;5).
Mas, voltando ao ponto de partida: “Quem dirige a SUA hospedaria”?