Inglória

E não há nada a ser dito, eu digo,

no entanto, ainda restam as memórias,

que agora nos tomam em um sentimento de tristeza,

as flores que eu guardei, inglória,

apodrecem com a sua indelicadeza...

O asfalto quente, guarda as cicatrizes permanentes,

e o quarteirão de isolamento, têm o mais alto arranha-céu,

lá de cima a voz quase não têm força,

e eu não posso enxergar a moça que levou meu coração...

E é tudo tão pequeno, ela também era,

o dia era muito mais bonito quando eu a via,

os segredos que ela revelava, me fascinava,

e eu me aproximava como se fosse o destino,

pisando em confiança em desejos tão mesquinhos...

A ponte frágil que eu tentei segurar com as mãos,

não bastou para que pudéssemos caminhar,

você até caminhou, mas eu fiquei pelo caminho,

e quando tentei te alcançar você me deixou sozinho,

então olhei bem a minha frente, e decidi ir a um outro lugar...

Milquer Caldeira
Enviado por Milquer Caldeira em 18/07/2018
Código do texto: T6393860
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