Eu sei
Deixei de ser algo
De estimar e esticar os limites
De dizer sim ,quando na verdade
Deveria dizer não,
Por educação. 

Medo
Eu sei que ainda reservo deste
Uma parcela que fala do tempo,
Não tenho medo de pessoas
Não tenho de andar sozinha
Não tenho medo de acelerar nas curvas Tenho medo da vida
Aquela parte que não procuramos
E somos cometidos e surpreendidos.

Eu sei que me revelo em partes diferentes
A moda do meu temperamento 
Do bom senso até que pisem  no meu calo, no bom tom viro um bicho ou,
Simplesmente bato asas como uma aguia.

Algo emerge das grandes corporações
Das intempéries, 
De repente o choque me deixa sem fala Morro sem saber pelo sono profundo.
Desligo me do mundo em segundos

O que me toca no dedinho do meio roçando,  tocando meus pés sem dizer uma palavra
Incendeia uma noite de estrelas
Cantando  madrugada.

A dor maior
Aquela que crava na alma
Ah Danada, essa é forte
Mesmo que o tempo passe
Se eu me lembrar
Encorpada na mesma intensidade.

Diferente da carne
A dor que senti várias vezes
Quase perdi o fôlego
um parto
Não consigo me lembrar
No presente
Poderia repetir a dose
Não gravou na memória. 

Eu sei
Que vida nos remete a várias estradas Uma delas é bifurcação
Essa é pra quem sabe
Que o coração não tem semáforos.

Eu sei...Que aqueles que amei
Tiveram várias moradas
É deles a vida reservou
Minha cidade...Reservada.

Eu sei
Que do amanhã nada sei
Somente o ontem teve
Suas marcas...
isis inanna
Enviado por isis inanna em 11/07/2018
Reeditado em 11/07/2018
Código do texto: T6387673
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