EM SINTONIA COM CARL SAGAN
1ª MEDITAÇÃO
Vida!
Eis a grande incógnita!
A maior de todas!
N'essência de sua tão profunda impenetrabilidade
Mas, existirá somente aqui... neste miserável mundo
(onde nada fica... e tudo passa)?
Então, caso seja, por que então criou Deus o resto do universo?
Simplesmente... para nada?
Caso seja, faz-se então sentido dizer:
Que aqui... é tudo... e o que sobra é nada:
Inútil e ilimitado vazio!... Vastidão vaga!
Ai, quanta perda lá fora...
Neste ilimitado espaço, meu Deus!
Em que tudo... é nada
E o nada... é tudo
Ou será que vazias são somente nossas mentes!
Pelo que nada, pois compreendem
Pelo tanto que são... dementes?
2ª MEDITAÇÃO
De uma coisa eu tenho certeza na vida:
Não sou paranóico
Cético é o que eu sou
Para as certezas dos que se dizem nelas crer
Digo isto porque eles também delas duvidam...
E por isso, não creem... em suas "verdades"
Apenas não assumem... por hipócritas a que em tal grau são
Vaidosos fundamentalistas
A que em tal grau apegados são em suas crenças:
Seus malditos sofismas!
N'estúpida crença de que encontraram Deus
E na maldição de sua cega fé
Eis que fazem dos que a eles não se aderem... odiados anátemas
Ao que os desprezam... abominam... repelem... e até matam
E destarte o seu ódio e desprezo:
Vede então sua maior prova... de que ainda não acharam... a Deus
E quanto a mim
Como eu prefiro ser um "anátema"!
Ao que digo, pois a eles: "adeus!"