Manhã de Inverno
Céu completamente cinza.
De longe podia ouvir o som dos pássaros, nem sinal dos raios de sol.
Gotas de uma chuva fina no asfalto.
Costumes de uma estação mais aconchegante do ano;
por promover o abraço em frente da lareira.
Mas, existem os contratempos quando o olhar vem do topo de uma barreira.
O olhar se perde diante do fogo
da lareira.
A brisa mais fria lá fora,toca do lado de dentro da janela,mesmo com a porta aberta.
Esta vem mais forte pela janela.
Cada manhã é como uma revoada, a brisa vem e segue tocando semblantes nas estradas .
Sombrinhas nas mãos dos que transitam pelas esquinas.
Agasalhos nas vitrines,visual tão suntuoso, sobretudo ou lenço fazendo adornos no pescoço.
Uma manhã com o aroma da chuva fina na terra e do café que invade as esquinas.
Escrevia no caderno, lia um pouco do cotidiano através do olhar da menina que brincava com o cachoro dentro de uma simplicidade ímpar.
São tantos instantes para relembrar, são tantas manhãs mais frias para tentar se agasalhar .
Às vezes o cotidiano dispersa pequenos costumes de uma nova estação.
Renovação...
O trajeto perfeito da natureza, entre as estações, as horas e as correntezas.
O trajeto das linhas daquele caderno me fizeram parar e analisar cada instante que eu observava e transcrevia naquela manhã de Inverno.