Válvula de escape
Cada um de nós age de forma igual e diferente nos momentos em que nossos valores são julgados e quando nada parece se acertar. Igual porquê todos nós estamos agindo sobre pressão e estresse acumulados e, diferente porquê ninguém reage às situações da mesma forma. Podemos buscar consolo nas drogas, na traição, no excesso ou abstinência da comida, gritando e discordando de todo mundo ou no isolamento total, e esta última só os mais endinheirados e loucos podem fazer, pois temos contas a pagar e uma história para construir respectivamente. Não podemos simplesmente tapar nossos olhos diante da dificuldade ou qualquer outra coisa que impeça nossa realização geral. Não basta falar também que devemos ter força e que devemos ser confiantes. Devemos primeiramente aceitar os fatos que estão nos prendendo para depois agirmos de acordo com a resolução delas, pode ser difícil, mas pensemos como seria nossa vida sem eles, tudo em harmonia...Ao invés de investirmos nosso tempo pensando nos problemas, nas brigas e nos desafios, investamos nas soluções deles.
Tem gente que parece adorá-los, entretanto. São aquelas pessoas que todos os dias te contam uma coisa desagradável que aconteceu com ela no dia de ontem ou hoje de manhã, é incrível, elas parecem gostar de se lamentar - ou que tenhamos dó. São carentes, tristes e solitárias por isso que gostam de brigar com a vida e, neste caso, conseguem se sentir mais felizes e livres reclamando.
Já outras, o que mais gostam de fazer é se auto-promover, porquê se acham os demais, os gostosos, os inteligentes, os extrovertidos ou qualquer outro bom adjetivo, e elas na verdade, nada ou pouco o são. Com certeza é falta de atenção que essa pessoa sofreu durante sua infância e adolescência, daí elas têm que mostrar o que elas queriam ser exagerando em suas ‘qualidades’. Quem é realmente bom em alguma coisa, não precisa sair por aí se gabando dizendo isso, porque essa pessoa é reconhecida por todos a sua volta, e são essas mesmas pessoas que o fazem de forma natural e sincera.
Existem os doentes, que são aqueles que encontram a fuga nas drogas, uma fuga temporária, que quando o indivíduo volta a si, necessita de doses cada vez maiores porque seu efeito já não é mais o mesmo de antes. Além do mais, a dor volta e ainda mais forte.
Os que para amenizar sua dor, usam a violência física, batem em seus filhos, sem eu cônjuge ou em qualquer outro que lhe seja dado um motivo sequer. Ou os que usam a violência psicológica na qual o indivíduo inferniza a vida de todos, provocando e descontando todo o seu estresse com as pessoas mais próximas. Ambos estão frustrados consigo mesmo e descontam em outros, porque são incapazes, fracos, têm medo de enfrentar a realidade e são covardes acima de tudo, no caso de violência física, por baterem em alguém que muitas vezes não pode se defender.
E temos também, os que enfrentam de frente, - diferentemente dos demais e dos outros péssimos exemplos que não citei mas que todos devem conhecer – que enxergam na dificuldade uma oportunidade; que na dor chora, mas está firme e pronto para a luta; que sempre sorri apesar dos dias turbulentos; que mostra disposição mesmo após ter trabalhado duro num projeto, que foi rejeitado e ter de fazer outro em menos tempo ainda; que é perseverante e otimista; que trabalha até 12 horas todos os dias só para dar um lar digno à sua família.
Todos nós, creio eu, conhecemos algumas pessoas assim ou até mesmo somos uma delas. Fica para cada um de nós mover nosso leme para a direção que julgarmos certa, sempre lembrando que podemos fazer tudo o que quisermos, sem ferir a nossa ética nossa de cada dia.