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Enquanto durmo sem verdades absolutas, acontece a vida de plenas incertezas, porque é misteriosa e seu segredo é sutil e quase indecifrável. Quanto mais penso que descobri, mais longe me sinto da real descoberta. A vida, às vezes, parece que me escapa e, só quando quer, compartilha o lado que, inconscientemente, todos buscam ver. Mas, se resolve se mostrar, o faz delicadamente, não gosta de exibir-se por inteira, apesar de estar aos olhos a cada segundo e em todos os seres. Não falo aqui como mera apreciação dos sentidos terrenos, mesmo pela beleza inquestionável com a qual fomos presenteados. Me atrevo a pensar no evidente mecanismo circular que regula o fluir de tudo o que além da própria Terra se faz existir. Durmo sem respostas e acordo com ainda mais perguntas e todos os dias e há muito tempo. Ao meu ver humilde, a vida é incessantemente esperta e, quando penso que se revela, se aprofunda.