05 de julho de 2018

05 de julho de 2018

20:40

Se importar é a base de toda a escrita... Você nunca será um escritor, se você não se importar.

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Milhares de propagandas de prevenção (ou cura) de problemas de ereção aparecem quando abro o navegador da internet... mas, por enquanto meus problemas são só financeiros, e nenhuma ajuda aparece.

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Minha amiga está no hospital. Eu queria levar chocolate escondido pra ela... talvez se eu levar um pacote de calcinhas, eu possa entrar numa boa, sem o risco de mexerem em minhas coisas e encontrarem os chocolates.

Agora ela está lá, e eu estou aqui. O ambiente está morno e agradável. Estou escutando Deep Purple, nas alturas... "Smoke on the Water", e se ela estivesse aqui, diria algo como "essa música me dá agonia", e pediria pra baixar o volume. Mesmo adorando rock nas alturas, eu preferia que ela estivesse aqui. Mas está tudo bem, ela está bem, está se cuidando e parou de fumar... eu continuo me entupindo de cafeína e de pão. Ora.

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Semana passada, minha irmã (não é irmã de sangue, mas é assim que nos tratamos), estava aqui na cidade. Eu virei pra ela e disse que estava me sentindo terrivelmente sozinho... mesmo estando perto de várias outras pessoas. Eu tive vontade de chorar enquanto falava, e então acabei mudando de assunto. Hoje, cinco dias depois, eu estou amando estar sozinho na livraria ouvindo rock e escrevendo. E amando a ideia de chegar em casa e comer champignon com a kani e molho shoyo, sozinho, assistindo seriados de comédia com risadinhas gravadas... adoro. Eu não sei se sustentaria uma paixão agora, tenho enjoado fácil dos outros. Ontem abri a porta pro meu gato sair e até agora ele tá na rua.

Às vezes parece que só ele me entende.

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20:58

Atropelaram um cachorrinho semana passada e um casal amigo meu e eu, demos socorro. Não querendo me fazer de santinha. Na verdade, sendo bem sincero, acho que se eu estivesse sozinho, eu teria olhado pro outro lado e seguido com minha vida. O atropelo foi feio... se você nunca andou num carro com um animal cuspindo sangue, talvez deva andar, pois é uma verdadeira lição de empatia. Hoje quando cheguei para abrir a livraria, o cãozinho estava sentado na porta, eu fiz carinho na cabeça dele, que fez uma carinha de "não gostei de você ter me acordado, mas o carinho está ótimo...". Coisas assim me motivam a continuar... não só com a livraria, mas... com tudo.

H.B