Voltando ao mundo virtual...
Quanto tempo não escrevo aqui, não é? Tempo de decepção? - Não. Introspecção? - Talvez. Independente do que seja, foi bom ficar um pouco esparso disso.
Poucas coisas mudaram por aqui, continuo vendo conflitos supérfluos, gritos estrondosos que ecoam ao nada, rumo à um paradoxo conflito com o espelho virtual. E parece que alguns fanatismos estão só esperando a catálise para literalmente explodir. Não que eu seja especialista, aliás, nem precisa ter título para ser doutor aqui - tal premissa já virou argumento clichê...
Inquieta ver a forma como as "atuais" bandeiras estão sendo levantadas. A polarização agressiva que trilha rumo ao fascismo e a tentativa de suplantar de forma compulsória o livre-arbítrio, a opinião expressa que é execrada com réplica de "noite da agonia" e tréplica de "noite das garrafadas"...
Esse é o nosso país, ou é a nossa contemporaneidade? Não sei. E por mais que seja repetitivo, o único que sabia da sua incapacidade de ser a luz da humanidade - e acabou sendo -, dizia que sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância, o famoso "só sei que nada sei", mas, hoje... Dizer isso é ser o mais completo ignorante. Numa existência que te cobra respostas certas - mesmo não existindo uma única verdade -, numa realidade que vive angustiada querendo impor suas "certezas" aos que não tiveram escolha e foram coagidos a aceitar. Na sorte, uns alcançaram o esclarecimento. No azar, outros propagam a falácia distribuída por grupos formadores de "opinião".
A única coisa que sei é que não acredito no que não processo racionalmente. E inclusive nessa última possibilidade, deixo um espaço para duvidar até das minhas conclusões. Não dá para ter tantas certezas num lugar em que não sei nem o porquê existo... Não dá para não questionar. Não consigo crer que ainda é preciso dizer à uma nação que o único caminho para combater a ignorância é pela via da educação. Espera... Por qual motivo o óbvio não é aplicado? A resposta é fácil... Vou deixar vocês refletirem (riso retórico).