Caro Eu. 1 história.

Caro eu,

Naquela noite a lua nasceu linda, mas a lágrima verteu.

Que a nódoa da noite se dissipe e que o cheiro da uva traga sanidade a alma que lhe pede liberdade.

Que o aplauso e o riso que deixarei pra depois não se perca no caminho, assim como o quis fazer perder outrora.

Que o castanho dos meus olhos não afundem diante ao mar revolto que vejo a frente; que minhas mãos trêmulas não abram a porta, pois assim o fim entrará porque eu sairei de cena, que meus pulmões suportem o ar que invade, pois não podem sair, respire, respire, respire não de ouvidos ao prenúncio de desastre.

Vá, pois no amanhã a uma resposta.

E não esqueça que tu és forjado em matéria única.

Lhe vale derreter o iceberg para dar liberdade ao que fora ontem?

D.

B.

Inverno ( lua vermelha).

No ano 34

Danilo Barros
Enviado por Danilo Barros em 04/07/2018
Código do texto: T6380952
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