Caro Eu. 1 história.
Caro eu,
Naquela noite a lua nasceu linda, mas a lágrima verteu.
Que a nódoa da noite se dissipe e que o cheiro da uva traga sanidade a alma que lhe pede liberdade.
Que o aplauso e o riso que deixarei pra depois não se perca no caminho, assim como o quis fazer perder outrora.
Que o castanho dos meus olhos não afundem diante ao mar revolto que vejo a frente; que minhas mãos trêmulas não abram a porta, pois assim o fim entrará porque eu sairei de cena, que meus pulmões suportem o ar que invade, pois não podem sair, respire, respire, respire não de ouvidos ao prenúncio de desastre.
Vá, pois no amanhã a uma resposta.
E não esqueça que tu és forjado em matéria única.
Lhe vale derreter o iceberg para dar liberdade ao que fora ontem?
D.
B.
Inverno ( lua vermelha).
No ano 34