CEGO AMOR (se é que se pode chamar de amor!)
Fixos olhos a mirarem o sol
Da visão que se embebe ante sua beleza e fulgor
Nem piscam, pois suas pálpebras
Todavia, quantas névoas e sombras habitam, na verdade, em su’alma!
Daquela que pranteia em agonias a su’essência
Embora nem tanto disto saiba
Oh, ceg’alma!
A que não sabe ver de verdade!
Na verdade, nunca soube
Pelo menos, não tudo
Fundamentalistas e fanáticos
Pelos engôdos do que amam
Ou pelo tanto que acreditam amar a Deus
Será?
Que pena!
Não sobrou nem um pouquinho deste amor
Par’assim... amar também... o Homem