PERDENDO-SE NO PENSAMENTO... COMO PASCAL

O amor existe... só porque existem... os amantes?

Ou os amantes existem... visto que existe então... o amor?

E se os amantes, pois não existissem!

Existiria o amor... por si próprio?

Ou melhor:

“Haveria” então... o amor?

O amor!

A que é dito sê-lo eterno!

Mas, fato é que os amantes morrem...

Onde se deduz o amor poder existir... por si mesmo

Silogisticamente falando! (é claro)

Será?

Ah, não sei, estou confuso

E os amantes!

Poderiam existir... sem o amor?

Caso não, então, não seriam... verdadeiros amantes

E se dizem ser “amantes” (na ausência real do amor)

Não seria, pois verdadeiro... o amor

Na verdade... um "amor herético"

(pelo o que racionalmente concluo)

Mas, quer saber?

Eu me rendo

Não sei se... ao amor

Não sei se... à razão

Agora entendo perfeitamente quando alguém um dia disse:

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”.

Oh, talvez seja hora de finalmente deixar de ser... um filósofo

Tendo a coragem de sair da clausura de meu cérebro

E entrar no vasto e desconhecido universo do coração

Tornando-se agora... definitivamente... um amante

Sem medo de viver

Sem receio... de amar

Não vou mais perder... o meu tempo!

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 24/06/2018
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