PERDENDO-SE NO PENSAMENTO... COMO PASCAL
O amor existe... só porque existem... os amantes?
Ou os amantes existem... visto que existe então... o amor?
E se os amantes, pois não existissem!
Existiria o amor... por si próprio?
Ou melhor:
“Haveria” então... o amor?
O amor!
A que é dito sê-lo eterno!
Mas, fato é que os amantes morrem...
Onde se deduz o amor poder existir... por si mesmo
Silogisticamente falando! (é claro)
Será?
Ah, não sei, estou confuso
E os amantes!
Poderiam existir... sem o amor?
Caso não, então, não seriam... verdadeiros amantes
E se dizem ser “amantes” (na ausência real do amor)
Não seria, pois verdadeiro... o amor
Na verdade... um "amor herético"
(pelo o que racionalmente concluo)
Mas, quer saber?
Eu me rendo
Não sei se... ao amor
Não sei se... à razão
Agora entendo perfeitamente quando alguém um dia disse:
“O coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Oh, talvez seja hora de finalmente deixar de ser... um filósofo
Tendo a coragem de sair da clausura de meu cérebro
E entrar no vasto e desconhecido universo do coração
Tornando-se agora... definitivamente... um amante
Sem medo de viver
Sem receio... de amar
Não vou mais perder... o meu tempo!