APENAS UM PONTO DE VISTA!
Ver... uma pessoa
Ver... o mundo
No tempo...
Não!
De jeito nenhum!
Não se pode ver uma pessoa
Ou mesmo... o mundo inteiro
Como alguém a que vê um quadro num museu
Absolutamente
A vida não admite...
De maneira alguma o permite
E não se é melhor assim?
E destarte, o tempo muda... sem perceber...
Ou quem é visto
Ou nós
Que o vemos
(se é que de fato... vemos)
E por que assim se é?
Pergunte ao tempo
Ah, o tempo
Sempre ele... o enigmático tempo!
Mas, talvez não o queira
Que vejamos... hoje
O que foi visto... ontem
Para não apegarmos
Ao passado... do que se viu
Ver... de verdade!
Quem o pode fazer?
Verdade é que
Só se pode ver... o novo
Quando não se vê... de novo
Nem como foi visto... antes
Até por que
O novo
Não pertence mais
Ao passado
Eis o segredo
De realmente
Saber
Ver
E assim
Ver... renovadamente
Vendo finalmente... de verdade